iBoy é um filme baseado no livro de mesmo nome de Kevin Brooks, falando sobre um menino chamado Tom, que levava uma vida normal com sua avó, mas sofreu um "acidente", no qual fragmentos do seu celular se instalaram no seu cérebro, então ele se tornou um smartphone ambulante, podendo usar as funções do mesmo com a mente, o que não explica bem o fato dele também conseguir fazer isso com qualquer coisa eletrônica/apagar luzes, enfim, com os seus novos poderes, o menino Hi-Tec começa a se vingar da gangue criminosa que fez isso com ele.
A ação do filme realmente começa quando a sua avó começa a ler um dos seus romances românticos, que na minha opinião, são bastante eróticos, nosso herói tenta não fazer com que seus ouvidos ouçam aquelas palavras escritas com tanto fogo nos dedos e sai de casa, onde ouve um barulho estranho e vai verificar, então finalmente descobrimos que o verdadeiro motivo do nosso herói querer se vingar, não é pelo fato de que tentaram matar ele com um tiro e sim por eles terem violentado a sua paixão Lucy, interpretada pela Maisie Williams, a famosa Arya Stark de Game Of Thrones, ou como ela prefere ser chamada "No name" (sem nome). Ela recebeu um papel um tanto quanto o oposto de Arya, quase sem personalidade, um pouco sem sal... digamos que esqueceu de comer feijão.
Já ouviram o proverbio "A ocasião faz o ladrão"? Bom, eu e Machado de Assis discordamos sobre isso, acreditamos que "A ocasião faz o roubo. O ladrão já está feito", muitas vezes nos encontramos em ocasiões onde temos a oportunidade de levar vantagem sobre algo, cabe a nós decidirmos se o faremos ou não. Por que estou falando disso? Porque em diferentes partes do filme vemos o que o poder faz com as pessoas. O que faria com seus violentadores tendo uma arma carregada na mão? Poder controlar qualquer aparelho eletrônico, incluindo sistemas bancários? Tirar proveito de um garoto para ficar rico, fazendo de sua paixão, uma refém? Ganhar muito dinheiro "apenas" em dedurar seu melhor amigo de infância?
Lucy foi a única a tomar uma decisão um tanto quanto passiva, com uma arma carregada, poderia matar seus violentadores, com toda a sua posição de "eu não sou uma vítima", ela abdicou de se vingar para apenas forçar-los a se desculpar. Mostrando que o poder não importa, mas sim o que fazemos com ele. Que ter uma arma na mão, não te faz um assassino e sim atirar, que temos liberdade de escolha.
Enfim, hoje quero que comentem a opinião de vocês sobre o proverbio "A ocasião faz o ladrão". E para quem não sabe, a nova colaboradora do Flor de Mandacaru, eu posto todas as terça-feiras e quintas também. Estarei aguardando seus comentários, até terça-feira.